Paloma Bernardi, de 36 anos, não precisa mais escolher entre focar na carreira e “garantir sua descendência”, como disse nesta entrevista exclusiva. A atriz, que tem o sonho de ser mãe, congelou os óvulos recentemente para não colocar essa questão na frente do trabalho, por enquanto, o que deu a ela a sensação de independência.
“Meu desejo de ser mãe existe. É algo que eu quero viver, uma prioridade. Eu sou sempre superprogramada, organizada, planejada… e o tempo passando. Comecei a ficar preocupada com quando a maternidade aconteceria. Joguei para o universo e tive vários sinais. Faz um ano que venho pesquisando vários procedimentos, e conversei com uma vizinha que me apresentou os filhos dizendo serem os seus ‘Frozens'”, brinca ela, falando sobre os bebês feitos a partir do congelamento de óvulos.
A artista, que namora Dudu Pelizzari há três anos, diz que o momento mais tranquilo devido à pandemia de Covid-19 ajudou a tomar a decisão. “As coisas acontecem no momento certo, e eu tinha que estar preparada para passar por esse processo. Durante a pandemia, estou mais tranquila de trabalho e conseguindo me organizar pessoalmente, buscando meu autoconhecimento”, afirma.
Paloma tem o acompanhamento do Dr. Matheus Roque. O especialista em reprodução humana explica que o congelamento de óvulos não significa garantia de gravidez, mas é uma forma de potencializar as chances.
“O momento de descongelar os óvulos está relacionado à chance de sucesso caso seja preciso usá-los. Normalmente, se considera que dos 30 aos 35 anos não há diferença na qualidade dos óvulos. Ovário é como se fosse um armazém, ou seja, o que a mulher vai ovular ao longo da vida já nasceu com ela”, detalha o médico, relacionando o adiamento da gravidez às conquistas femininas.
“Biologicamente, uma mulher deveria engravidar aos vinte e poucos anos, mas infelizmente a natureza não acompanha o avanço da sociedade. As mulheres deixam para engravidar mais tarde devido a todas as suas conquistas. Elas também estão cada vez mais jovens, mas o ovário não é assim, por mais saudável que a mulher seja. Naturalmente as chances de gravidez vão caindo, principalmente após os 35 anos. Quando ela está preparada para a maternidade em termos profissionais e de maturidade, a natureza reduz as chances dela com riscos. Ela se prepara a vida inteira, e a natureza interfere”, diz o médico.
Paloma entende que não há garantia de maternidade com o congelamento e se diz tranquila com sua escolha. “Potencializar as chances de ter meus filhos me deixa mais tranquila, principalmente por ser de uma maneira saudável. Me traz uma independência. São meus ‘Frozens’, minha descendência. Antigamente a prioridade da mulher era casar, ter filhos e cuidar da casa. Hoje temos outras prioridades profissionais e coisas à frente, mas isso não anula meu desejo de ser mãe. Só vou jogar mais para frente. Na hora certa isso vai acontecer”, garante a atriz.
Fonte- Jornal O Sul